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MADE IN CHINA: Laboratório chinês anunciado por Doria para produção de vacina contra Covid tem histórico de suborno e corrupção
12/06/2020 16:59 em NOVIDADES

Por Hélio Nogueira TV

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, na quinta-feira (11), que o Instituto Butantan será parceiro do laboratório chinês Sinovac Biotech, para a produção de uma vacina contra o coronavírus chinês. O acordo causou polêmica nas redes sociais, pois a empresa esteve envolvida em escândalos de suborno e corrupção.

Além disso, a Sinovac Biotech é ligada ao governo comunista chinês do ditador Xi Jinping; a empresa é afiliada do estatal Grupo Farmacêutico Nacional da China. Isso levanta mais preocupações, devido à falta de transparência do governo chinês quanto à origem do vírus e da pandemia e ao “desaparecimento” de jornalistas e mortes suspeitas de médicos jovens que denunciaram a pandemia ou foram censurados.

Escândalos de suborno e corrupção

Segundo informações documentais do tribunal chinês e coletadas pela correspondente do The New York Times na China, Sui-Lee Wee, a empresa com a qual Doria firmou o acordo para produção de vacina contra covid-19 tem uma longa história de envolvimento em escândalo de corrupção e suborno.

De 2002 a 2014, um tribunal julgou que o gerente-geral da Sinovac teria passado a um avaliador sênior de medicamentos do Centro de Revisão Farmacêutica da China (CFDA) quase US $ 50.000 para “ajudar” na aprovação de drogas.

Segundo os documentos, o gerente-geral da Sinovac era um homem de sobrenome Yin. As reportagens da mídia chinesa disseram que essa pessoa é o atual CEO do laboratório da Sinovac Biotech, Yin Weidong, que ocupou o cargo de gerente-geral de 2001 a 2017.

A Correspondente Sui-Lee Wee diz que neste caso da Sinovac, nunca foram feitas acusações criminais contra a empresa, pois empresas de vacinas da China estão acostumadas a um sistema político fechado que tem um histórico de encobrir escândalos de segurança e os protege da concorrência estrangeira.

Sui-Lee Wee também afirma que os órgãos reguladores da China também tendem a agir de outra maneira, quando se trata de empresas estatais de vacinas, que representam cerca de 40% da indústria. Muitas delas operam impunemente, sabendo que, mesmo que elas tenham produzido produtos defeituosos, é improvável que sejam fechadas.

A correspondente do New York Times também menciona uma reportagem de 2018 sobre o escândalo das vacinas, contra outras doenças, com efeitos colaterais ou mesmo sem efeito lá na China por conta dessas empresas de biotecnologia ligadas ao governo. Essas vacinas causaram fúria nos pais de crianças que haviam sido vacinadas.

Uma outra empresa chinesa de biotecnologia, a Changsheng – que é a segunda maior fabricante de vacinas contra raiva e varicela do país – havia falsificado completamente os dados de produção sobre sua vacina contra a raiva. Também foi revelado que um lote de 250.000 vacinas contra difteria, tétano e coqueluche de 2017 falhou nas inspeções de segurança. Dezenas de milhares de vacinas já haviam sido administradas a crianças pelas autoridades de saúde pública, deixando milhões de pais chineses preocupados.

Créditos: Conexão Política

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