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Hipocrisia política: o colapso na saúde sempre existiu, muito antes da pandemia do coronavírus
08/06/2020 11:56 em NOVIDADES

Por Hélio Nogueira TV

Nós sabemos que a saúde sempre esteve em colapso no Brasil, muito antes da pandemia. Qual é a principal narrativa da grande mídia e de políticos como os governadores João Doria de São Paulo, Wilson Witzel do Rio, Waldez Góes do Amapá, Flávio Dino do Maranhão, Camilo Santana do Ceará e Hélder Barbalho do Pará, entre outros? É da necessidade absoluta de isolamento social diante da pandemia do novo coronavírus. Seria importante, dizem eles, para se evitar um "colapso na saúde" por causa de uma demanda excessiva de atendimentos nos hospitais e postos de saúde. Esse tem sido o mantra usado cansativamente por governadores e prefeitos. 

Mas todos sabem que essa o colapso antecede o coronavírus e já fazia parte do dia a dia das populações mais pobres do Brasil, que dependem única e exclusivamente do Sistema Único de Saúde.

O coronavírus só veio agravar a crise na rede pública de saúde, porque o colapso sempre existiu, seja nas capitais, como Belém, Rio, São Paulo, como em cidades grandes e pequenas do interior, como Santarém, Alenquer, Óbidos, Almeirim, Monte Alegre e Prainha, para nos situarmos apenas dentro da Amazônia. 

Qualquer pessoa, que depende do SUS sabe que a espera é longa, cansativa e extressante, dura semanas e até anos para conseguir uma vaga para uma simples consulta, exames ou cirurgias.

Antes da pandemia, os corredores eram lotados, as filas intermináveis, brasileiros madrugando nas ruas para conseguir "uma senha" para atendimento. Superado esse problema, vinha a falta de medicamentos, equipamentos e profissionais, atrasos, insalubridade, humilhação e desumanização. 

Com a justificativa de construir hospitais de campanha e comprar respiradores da China ao preço de fortunas milionárias, governadores surfam na onda do coronavirus na hora de fazer as compras sem licitação e quase todas irregulares e sob investigação da Polícia Federal. 

O que se tira de tudo isso é que estamos diante de um cenário de profunda hipocrisia, oportunismo e politização do sofrimento alheio, quando a doença serve de ferramente de exploração política, econômica e social.

Aproveito o gancho para advertir que estamos em pleno ano eleitoral. Governadores e prefeitos não irão perder a oportunidade de tirar proveito de qualquer situação que renda dividendos políticos.

O governador Hélder esteve em Monte Alegre, no sábado (6), levando recursos da ordem de 3,5 milhões para reforma e ampliação do Hospital Municipal. Prainha e Almeirim não receberam os mesmos recursos porque os prefeitos dormiram no ponto e não mandaram fazer os projetos de engenharia para a reforma de seus hospitais. 

Que atos como esse não sirvam de pretexto político para que governadores e prefeitos tentem mariscar votos em cima das mazelas da população. 

Com informações da Opinião Crítica

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