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Helder tenta tirar mérito do governo federal em adquirir vacina para todo o Brasil, incluindo o Pará
23/10/2020 12:02 em NOVIDADES

Por Hélio Nogueira - OPINIÃO

Quase todos os políticos brasileiros, e eu falo sobre os que usam a má fé para manter a popularidade em alta, tentam tirar proveito da possibilidade de uma suposta e hoje controversa liberação pela ANVISA de uma vacina que até este momento não teve sua eficácia comprovada cientificamente e segue em fase de testes usando seres humanos como cobaias. Não estamos falando apenas da Coronovac, a polêmica vacina chinesa, mas também falo da vacina de Oxford, na Inglaterra, e da norte-americana Johnson e Johnson.

Cientistas e médicos renomados do mundo inteiro tem dito nas redes sociais que qualquer vacina demora até uma década para ser liberada. 

Alguns governantes forçam a barra para que essas que estão sendo produzidas a toque-de-caixa pela indústria farmacêutica e que continuam na fase de testes laboratorias, sejam liberadas e aplicadas na população, sem que saibamos quais as consequências para a saúde dos seres humanos no futuro. Por essa razão é que os laboratórios precisam de anos e até décadas para a realização de testes, inicialmente em animais e depois em humanos.

Os dois últimos dias foram de bate-boca entre o governador de São Paulo, João Doria, e o presidente Jair Bolsonaro, sobre a liberação da vacina chinesa. Doria chegou a dizer que a aplicação seria obrigatória para os paulistanos e quer que essa obrigatoriedade seja extensiva a todos os brasileiros. Alguns governadores, como Helder Barbalho, do Pará, concorda com o discurso do governador de São Paulo.

Hélder corre atrás do mérito para si, como fazem os oportunistas, divulgando informações fora de hora, valendo-se do medo que domina a população ameaçada pela infecção do coronavirus.

O oportunismo político não pode se sobrepor ao bom senso e aos cuidados que governantes e a ciência precisam ter quando o que está em jogo é a saúde da população.

A questão é que o governador do Pará quer para si o mérito de ter sido um dos primeiros a adquirir a vacina chinesa para imunizar a população paraense contra o coronavirus. Hélder também quer o mérito de obras que o governo federal executa no Pará. Foi assim com o asfaltamento da BR 163, duplicação da BR-316, ponte sobre o Rio Xingu e agora o combate ao coronavírus.

A prudência deveria estar falando mais alto, mas a vaidade não deixa. Na terça-feira, dia 20, o ministério da Saúde reuniu os governadores para tratar sobre o programa nacional de imunização prevista para iniciar no primeiro semestre do ano que vem.

Bastou o governo federal anunciar a intenção de adquirir 46 milhões de doses da vacina chinesa, para o governador do Pará aproveitar e postar uma fotografia da vacina, como a querer intitular-se o "pai da criança", quando todos sabem que a vacina, seja chinesa ou não, assim que aprovada pela ANVISA, será distribuída em todo o território nacional, incluindo o Pará.

Oportunista e imprevidente, Hélder Barbalho tratou de anunciar irresponsavelmente que a partir de janeiro de 2021 o governo do estado já iniciaria a vacinação do primeiro grupo prioritário de vacinação, na capital e nos municípios, coordenado pelo governo do Pará e Ministério da Saúde, criando uma frustrante expectativa na população paraense. 

É lamentável que o governador se preste a esse papel porque, como disse ontem o presidente Bolsonaro, a vacina da China não será adquirida pelo governo, por uma questão de confiabilidade. 

A China criou o virus, ganhou bilhões de dólares vendendo máscaras, respiradores que não funcionam e Equipamentos de Proteção Individual, e agora quer nos vender a cura para um mal que o governo chinês criou.

Queremos, sim, a imunização da população brasileira, mas com a aplicação de uma vacina segura e cientificamente confiável.

 

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