Está acontecendo o que já era previsto na atividade econômica de municípios do Tapajós que tem sua economia baseada na atividade garimpeira. O comércio de Itaituba já se ressente do problema com o registro de queda acentuada nas vendas ultrapassando os 25% e demissões em massa. Esse é o cenário caótico registrado em Itaituba e região, resultado das operações contra o garimpo ilegal.. 

Segundo empresários ouvidos pela reportagem, se nada for feito, a tendência é uma crise sem precedentes na ‘Cidade Dourada’, que vive da atividade garimpeira ao longo de décadas.

Comerciantes itaitubenses cobram dos representantes do povo uma solução para a crise cuja tendência é de agravamento.

Sem alternativa, trabalhadores do garimpo e seus familiares impedidos pela fiscalização ambiental acabam perambulando nas rua de Itaituba e até dormindo em calçadas e em portas de lojas.  Há casos de invasões de casas aabandonadaspor garimoeiros em busca de abrigo. Outros, marginalizados e sem perspectivas acabam se entregando aos vício das drogas. Na periferia, comércios e bares vivem cheios de gente jogando baralho e consumindo bebida alcoólica.  

A destruição dos equipamentos não seria a solução para um problema que tende a se agravar e caminha para o caos. É  necessário que os governantes ofereçam uma alternativa que evite o pior, tanto para a economia do municipio quanto para os garimpeiros, que ate hoje sequer foram ouvidos pelas autoridades.

Se a situação chegou a esse ponto é porque o problema que deveria ter sido resolvido politicamente não recebeu a atenção merecida dos políticos e dos governantes, uma vez que a lei que rege a atividade garimpeira foi votada e aprovada pelo Congresso Nacional, mas nunca chegou a ser regulamentada.  

Não é só Itaituba que está sentindo o impacto das operações contra o garimpo. Jacareacanga, Moraes de Almeida, Trairão e Novo Progresso são municipios que nasceram, cresceram e tem sua economia baseada na atividade garimpeira.  O caso requer uma solução imediata, que definitivamente não passa apenas pela destruiçao de maquinas e equipamentos, que é como a polícia ambiental vem trabalhando 

 Com informações de O Impacto