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Presidente diz que dívida do Barcelona chegou a R$ 8 bilhões e acusa antecessor de mentir.
16/08/2021 10:15 em ESPORTE

Joan Laporta convoca coletiva para detalhar situação econômica do clube, citando problemas no folha salarial inchada e patrimônio comprometido: "Situação dramática"

 

Depois de não conseguir viabilizar a renovação contratual de Messi, vendo o astro rumar para o PSG, o Barcelona teve seus problemas financeiros escancarados. E o presidente Joan Laporta, que assumiu o clube em março, resolveu convocar uma entrevista coletiva para detalhar a situação econômica do clube nesta segunda-feira, destacando que o Barcelona chegou a ter dívida total de € 1,3 bilhão (R$ 8 bilhões).

Laporta rebateu o ex-presidente Josep Maria Bartomeu, que divulgou uma carta negando ter deixado o clube em péssima situação financeira. Sem dar detalhes, ele acusou Bartomeu de mentir e apresentar dados manipulados.

- Eles apresentaram um orçamento com hipóteses difíceis de cumprir. Várias delas não foram cumpridas. E portanto o orçamento deu menos de € 320 milhões para a temporada 20/21. Provoca uma situação económica e patrimonial preocupante e situação financeira dramática. Em 21 de março de 2021, a dívida era de € 1,35 bilhão - relatou.

Laporta disse que, assim que assumiu o clube, pediu um empréstimo de € 80 milhões a um grande banco para poder arcar com a folha de pagamento do clube. E que sua gestão iniciou um processo para tentar baixar juros de outros empréstimos, além de interromper "pagamentos desproporcionais" a intermediários por transferências - citando que uma pessoa recebeu € 8 milhões para encontrar jogadores na América do Sul.

O mandatário destacou que a política salarial que vinha sendo adotada no Barcelona levou à situação atual, indicando que os vencimentos hoje ocupam 103% do faturamento do clube.

- Também encontramos um contexto de uma política esportiva errônea que causa danos à entidade. É uma pirâmide invertida, na qual os veteranos têm contratos longos e os jovens têm contratos curtos. E é difícil renegociar contratos. Essas reduções salariais que os gestores anteriores se vangloriaram, uma redução de 68 milhões, mas na realidade não é redução porque a encontramos na forma de bônus de rescisão de contrato - relatou.

Laporta também citou problemas estruturais encontrados no Camp Nou, citando que o estádio precisava de obras urgentes. E que um relatório de 2019 apontava que havia risco para os torcedores - o que impediria a reabertura do estádio em meio à pandemia da Covid-19.

- Fomos trabalhar para identificar os problemas e eles foram reparados a um custo de € 1,8 milhões e, graças ao fato de termos agido o mais rapidamente possível, neste domingo conseguimos abrir o estádio. Se tivesse sido possível abri-lo mais cedo, não poderíamos, porque não queríamos colocar os fãs em risco.

Apesar de todos os dados negativos apresentados, o presidente tentou encerrar a coletiva mandando uma mensagem de otimismo, indicando que sua diretoria acredita que pode melhorar a situação.

- Já sabíamos que a situação era preocupante, mas os meus companheiros e eu amamos o Barça e tínhamos um plano. Agora estou muito animado e vendo mais o time ontem, convencido de que as decisões certas foram tomadas. tomar. No caso de Messi, triste, mas necessário, porque a instituição está acima de tudo. Foi uma entrevista coletiva para contextualizar certas coisas. Não nos assusta porque o desafio é muito grande e poderemos reverter isso. É uma nova era que nasce que, se estivermos todos unidos, terá muito sucesso, estou convencido - avaliou.

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